segunda-feira, 28 de março de 2016

A todo tempo "santos" invadem sua própria cavidade anal com seus dedos e a dilaceram ferozmente em ato de repúdio ao que julgam ser minhas mais "profanas heresias".

E antes que os fiéis peçam em absurdo frenesi minha crucificação, assim como fizeram com Jesus, eu rogo...

"Que o universo e sua criação, através de seu Criador, me permitam ser diferente de meus 'irmãos'.
Que eu não comungue de sua cegueira.
Que eu siga contestando tudo e todos.
Que me seja dada sobriedade para analisar situações.
Que eu veja por detrás da cortina que envolve o mundo.
Que eu não seja humano como os humanos são.
Que eu seja o que sou e tenha consciência disso.
Que eu abandone aos poucos a arrogância de ser humano e abrace a humildade e fragilidade da condição.
Que eu não seja o único cético que crê, em um mundo repleto de crentes hereges.
Que eu seja livre.
Amém".




Indo e vindo...

É um pensamento que assusta. Observar a discrepância da vida com olhos despidos de ilusão é categoricamente caótico.

Propagação de ideias e ideais infundados e dissipados aos quatro cantos na embriaguez sórdida das esponjas cerebrais que  absorvem seja lá o que for.

Pragmáticos; preconceituosos; gananciosos;

Conhecimentos que vem e vão com uma simples badalada do relógio. O que julga saber, talvez ou quase que certamente, não valerá de nada daqui a poucos segundos.

Salvação? Do que? Do espírito?
Ele não está contigo... Já o abandonou.

Não digo isso pra que fique o dito pelo dito, apenas pela constatação de que, ao perceber o que buscamos, ele se foi.

Arrogantes, mal percebemos que somos meretrizes do destino, estamos à sua mercê, e passamos despercebidos pela vida, até que a "hora paga" tenha acabado.

Seremos dispensados! Ela virá!

Nos fará iguais. Choque de realidade. Pela primeira vez, saberemos.

Teremos uma experiência real do que poderia ter sido a vida, quando está nos for arrancada e levada sabe se lá para onde.

Sofreremos? Recomeçaremos?
Sei lá!

Não se pode afirmar nada com certeza nessa existência humana baseada no ego.

Afirmamos...
Que as estrelas se acabam...
Que o universo é infinito...
Que existem espaços temporais e atemporais por aí, que nos levariam a todos os lugares dessas pastagens...
Afirmamos, seguimos afirmando, baseado em "provas" irrefutáveis, quando mal saímos ali na lua.

Mas vamos...

Avançar devemos, até o fim dessas andanças medíocres e sem sentido.

De lá aqui, daqui pra lá...

Um cego que ignora sua cegueira...

Indo e vindo.

sexta-feira, 11 de março de 2016